SECRETÁRIO DE SEGURANÇA FALA SOBRE MORTES EM ENTERRO DE PM: ‘A SOCIEDADE SANGRA
Dezenas de companheiros de farda de Samir estiveram no
enterro
- Foto / Pedro Zuazo
RIO — O
secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, esteve no enterro do soldado Samir
da Silva Oliveira, de 37 anos, neste sábado, no cemitério Jardim da Saudade, em
Sulacap, na Zona Oeste da cidade. Ele fez questão de manifestar solidariedade à
família e a todos os agentes mortos em serviço.
— Vim prestar
uma homenagem a todos os policiais civis e militares que têm tombado em
combate. Tenho muito orgulho dessa polícia que está sangrando. Quando a polícia
sangra, a sociedade sangra. É um ataque à democracia — afirmou.
Samir morreu na
noite desta sexta-feira, ao levar um tiro no rosto, depois de abordar um
veículo suspeito, na Rua 24 de Maio, no Méier, Zona Norte. Dentro do carro
estavam quatro criminosos armados com três pistolas e um fuzil.
— O soldado
estava saindo de serviço, quando foi avisado pelo rádio que havia um cerco de
um carro suspeito de roubo e foi auxiliar. Somos policiais por amor, por
vocação. Nós não vamos desistir. Vamos continuar a cada minuto em busca de
criminosos e em busca de livrar a sociedade da violência — garantiu Roberto Sá.
O secretário
não esconde o assombro pelo número alto de agentes mortos: já são 97 no estado
do Rio de Janeiro.
— É um número
alarmante, que nos deixa perplexos. São heróis que estão morrendo. Não tenham
dúvida que a gente mergulha nas nossas estratégias, nos nossos protocolos para
melhorar. Mas é preciso haver uma reforma criminal. Colocar essa carga toda só
sobre a polícia não me parece justo. Basta fazer a comparação com outros
estados sobre como se trata o criminoso que tira a vida de alguém. Temos a
missão de proteger, mas temos que trabalhar com um sistema nos respalde —
atentou.
Dezenas de
colegas de farda de Samir acompanharam consternados a cerimônia, que aconteceu
às 17h10 e teve três salvas de tiro e marcha fúnebre tocada pela banda da PM.
Muito abalada, a família não quis se manifestar. O PM era lotado na UPP São
João e estava na corporação desde 2013. Ele era casado e deixa uma filha de 7
anos.
Fonte.
EXTRA
POR PEDRO ZUAZO
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