POLICIAIS DECIDEM SE ENTRAM EM GREVE PARA COBRAR REAJUSTE SALARIAL
Em assembleia, marcada para as 14h desta terça-feira
(22/8), em frente ao Palácio do Buriti, os servidores podem decidir por cruzar
os braços, paralisar algumas atividades ou manter os serviços funcionando. Eles
pleiteiam a manutenção da paridade salarial com a Polícia Federal.
Policiais
civis decidem nesta terça-feira (22/8) se entrarão em greve como forma de
pressionar o governo a conceder o reajuste salarial pleiteado pela categoria
desde o ano passado. Em assembleia, marcada para as 14h em frente ao Palácio do
Buriti, os servidores podem decidir por cruzar os braços, paralisar algumas
atividades ou manter os serviços funcionando. Eles pleiteiam a manutenção da
paridade salarial com a Polícia Federal que conseguiu reajuste de 37% parcelado
em três anos.
Na semana
passada policiais civis se reuniram com o chefe da Casa Civil, secretário Sérgio
Sampaio, além de outros representantes do primeiro escalão do Governo do
Distrito Federal (GDF). Na ocasião o Executivo local reforçou a dificuldade de
atender à reivindicação até o próximo ano: fim do mandato do governador Rodrigo
Rollemberg (PSB). No entanto, o órgão destacou que, caso fosse surgisse uma
nova fonte de receita contínua, as negociações poderiam ser retomadas.
O presidente do Sindicato
dos Policiais Civis (Sinpol), no entanto, refuta a dificuldade em caixa que o
GDF alega. Segundo Rodrigo Franco, o Gaúcho, enquanto todas as categorias do DF
e do governo federal tiveram os salários reajustados, a Polícia Civil ficou sem
receber a recomposição. “O governador voltou a dizer que não vai cumprir a
manutenção da paridade, porque não tem condições de oferecer nenhuma proposta
até o ano que vem, mas não nos conformamos, porque existe dinheiro do Fundo
Constitucional que deve ser usado, prioritariamente, para a segurança Pública”,
alegou.
Gaúcho ressaltou que o
orçamento do Fundo Constitucional deste ano ficou na ordem de R$ 13 bilhões e
destacou que ano que vem haverá acréscimo de 3,8%. “Esse aumento comportaria o
reajuste da Polícia Civil. Nós tivemos perdas inflacionárias de cerca de 50%
nos últimos anos”, reclamou.
Em nota, a Casa Civil
reforçou que, “diante da situação econômica local e federal, não será possível
propor reajuste à categoria até próximo ano.” O órgão ainda destacou que
“reconhece a importância da corporação para a manutenção da segurança pública
no DF e todo o trabalho desenvolvido pela categoria em prol da população
brasiliense e, por isso, conta com a compreensão dos servidores diante do
momento econômico delicado pelo qual o DF e todo o país passam
atualmente.”
Fonte.
Correio Brasiliense.
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