Reajustes de militares custarão R$ 4,6 bilhões aos cofres públicos em 2018
As pressões da cúpula das Forças Armadas garantiram aos militares o
reajuste salarial previsto para 2018, enquanto os servidores civis terão a
revisão nos contracheques adiada para 2019. A decisão do governo foi comunicada
na terça-feira, 15, pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do
Planejamento, Dyogo Oliveira, e custará R$ 4,6 bilhões aos cofres públicos no
próximo ano.
A estimativa inicial do Executivo era de economizar até R$ 9,7 bilhões
com o adiamento das revisões de servidores civis e militares. Entretanto, o
valor encolheu para R$ 5,1 bilhões após fortes articulações dos
comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. O presidente Michel Temer
ouviu o apelo da ala política do Palácio do Planalto, que alegou não ser um bom
momento comprar briga com a caserna.
Os militares também ficaram de fora da proposta de reforma da
Previdência. Apesar de toda a pressão do Ministério do Planejamento para que
integrantes das três Forças dessem sua de sacrifício, o Planalto achou por bem
ouvir o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que repassou a Temer um quadro nada
agradável, de rebelião dos altos escalões do Exército, da Marinha e da
Aeronáutica.
Segundo políticos ligados ao Planalto, os militares foram muito
prejudicados nos últimos anos. Portanto, não seria justo mantê-los sem
reajustes em 2018. Já os servidores civis tiveram correções generosas ao longo
da última década, além de as remunerações serem muito maiores no que nas Forças
Armadas.
Fonte
Blog do Vicente.
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