GOVERNADOR CONFIRMA: O PARCELAMENTO DO SALÁRIO DE SERVIDORES DEVE VIR
29 de julho de 2017
PAGAMENTO INTEGRAL DE JULHO ESTÁ ASSEGURADO, MAS O DE AGOSTO TERÁ
DUAS ETAPAS
O governador
Rodrigo Rollemberg (PSB) admitiu que os salários de agosto dos servidores estão
ameaçados. Durante uma solenidade para instituir um programa de voluntariado —
o Brasília Cidadã — na tarde de ontem, na Residência Oficial de Águas Claras,
ele confessou até mesmo que sua gestão programa calotes mensais para assegurar
a folha. Dessa vez, no entanto, nem isso garantiria os repasses.
“Todo final de
mês, quando chega dia 25, aproximadamente, nós travamos pagamento de
fornecedores e prestadores de serviço, muitas vezes comprometendo a qualidade
de serviços públicos, para poder honrar o pagamento dos servidores”, disse. O
socialista acrescentou que os salários de julho só estão assegurados pois o
Buriti conseguiu uma liberação de verba do Fundo Constitucional junto ao
Governo Federal.
A situação é
grave e, nas palavras do próprio Rollemberg, exige uma luta “diária, semanal e
mensal” para descobrir onde conseguir mais recursos para arcar com a onerosa
folha de pagamento da máquina pública. Ele estima que, atualmente, os salários
dos servidores representem 82% do orçamento geral do DF, incluindo o dinheiro
do Fundo Constitucional. “Num ambiente em que o País não cresce, é muito
difícil honrar os compromissos”, lamentou.
À espera de
um milagre
O Jornal de Brasília
mostrou nos últimos meses que a arrecadação tributária do DF está aquém das
projeções otimistas feitas pela Secretaria de Fazenda no início do ano. Um dos
vilões é justamente um tributo que serve de termômetro para medir a atividade
financeira: o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Conforme a Fazenda, até maio o recolhimento havia sido reduzido em mais de R$
50 milhões, em comparação com o mesmo período de 2016.
Nesse contexto,
o governo de Brasília pretende contar com apoio de Michel Temer para sancionar
o projeto que dará fim à guerra fiscal. Isso impediria estados vizinhos de
aumentarem benefícios ou diminuírem impostos sem reação do GDF, favorecendo,
assim, a evasão de empresas da capital.
Na solenidade
de ontem, Rollemberg afirmou que a questão ainda não foi apreciada pelo
peemedebista, sem dar detalhes se houve alguma resposta animadora. Nesse caso,
o governador já demonstrou ter muito o que temer.
Do jornal de
Brasília
Fonte.
Jornal de
brasilia
Eric
Zambon
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br
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