dinheiro em suposto ‘bunker’ de Geddel

Mandado de busca e apreensão foi emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília

POR ADRIANA MENDES


05/09/17 - 11h40 | Atualizado: 05/09/17 - 16h55

 

PF apreende dinheiro em imóvel supostamente ligado a Geddel - Divulgação

BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) encontrou nesta terça-feira um “bunker’ em Salvador (BA) que seria, supostamente, utilizado pelo ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para armazenagem de dinheiro em espécie. Geddel cumpre prisão domiciliar na Bahia. O valor ainda não foi divulgado.

A PF deflagrou hoje a Operação Tesouro Perdido, que cumpriu mandado de busca e apreensão emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília. De acordo com decisão, a PF recebeu informação de que o ex-ministro estaria escondendo “provas ilícitas” em caixas de documentos.

O imóvel pertence a Silvio Silveira, que teria cedido o local para que o ex-ministro guardasse os pertences de seu pai já falecido. O apartamento fica em um edifício na Rua Barão de Loreto, no bairro da Graça.

Segundo a PF, os valores apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial. A localização do “bunker” foi possível após investigações nas últimas fases da Operação Cui Bono.

Geddel é reú em processo em que é investigado por obstrução de Justiça. O ex-ministro é suspeito de tentar impedir que o doleiro Lúcio Funaro fizesse uma delação premiada.

Na denúncia apresentada à Justiça Federal, o Ministério Público Federal (MPF) afirma que o ex-ministro teria tentado atrapalhar a Operação Cui Bono, que apura fraudes na liberação de crédito da Caixa, de onde Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo Dilma Rousseff.

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Suspeitas e polêmicas sobre Geddel



Preso na Bahia

O ex-ministro Geddel Vieira Lima Foto: André Coelho / Agência O Globo/22-11-16O ex-ministro foi preso preventivamente no dia 3 de julho de 2017 por tentativa de obstrução à Justiça. Segundo o MPF, Geddel tentava evitar que Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro firmassem acordo de delação premiada.


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