Criação de Ministério da Segurança é agrado de Temer à “bancada da bala”
Deputado Alberto
Fraga (DEM-DF), representante da bancada, diz que reivindicação de uma pasta
específica para coordenar as ações policiais foi levada ao presidente “há
meses”
Se de fato sair do papel, o
Ministério da Segurança Pública será um agrado do presidente Michel Temer à
“bancada da bala” do Congresso Nacional, em especial da Câmara. Uma pasta
específica para coordenar as ações das polícias é uma reivindicação antiga
desse grupo, formado por antigos policiais militares, coronéis, delegados da
Polícia Civil, da Polícia Federal e militares.EXPERIMENTE POR R$ 0,99 NO 1º MÊS
Um dos coordenadores da bancada, o deputado e ex-coronel da PM Alberto
Fraga (DEM-DF) disse à Gazeta do Povo que essa reivindicação foi levada há
muito tempo para Temer. Fraga afirmou que foi ele quem sugeriu ao presidente,
já que o ministério da Segurança não avançava, em alterar o nome do Ministério
da Justiça para também da Segurança Pública, como é hoje: Ministério da Justiça
e da Segurança Pública.
“Prefiro dizer que é um agrado à
sociedade, não somente à bancada da bala. Levamos essa proposta há meses para o
presidente. Estava acompanhado de uns dez deputados e foi pedida a criação do
ministério”, disse Fraga, que explicou a razão que entende por não ter sido
criada até hoje.
O ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes, hoje no ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF), era contra a criação. Moraes temia, segundo o
deputado, perder espaço. “Ocorre que o ministro era o Alexandre de Moraes e,
sabe como é, essa história de vaidade. Ele achava que o Ministério da Justiça
seria esvaziado. Mas, bobagem, não iria. Já cuida de muita coisa, tem muitas
missões”, afirmou Fraga.
No formato que imagina, a mudança seria transformar a Secretaria
Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça, em
ministério. “Com assento no colégio de ministros e voz”, disse.
Fraga afirmou que a bancada também prioriza hoje a aprovação na Câmara
do Sistema Único de Segurança Pública, que pode ser votado semana que vem. “A
criação do ministério vai nos ajudar, já que o projeto prevê a criação de um
órgão central”.
Esse sistema único visa padronizar normas e integrar ações entre as
Polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar com bombeiros e guardas municipais.
O texto prevê que o estado que não cumprir metas como redução da criminalidade,
de roubos, homicídios não terão acesso aos recursos federais.
São cotados
para assumir a nova pasta Raul Jungmann, atual ministro da
Defesa, e José Mariano Beltrame,
ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro . Beltrame atuou nos governos
Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, entre 2007 e 2016, e foi um dos
responsáveis pela instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em
favelas fluminenses a partir de 2008.
Fonte.
GAZETA DO POVO.
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