Policiais e bombeiros militares crescem politicamente em todo o país




Com o fim do pleito eleitoral de 2016 neste domingo ficou explicito o grau de organização dos integrantes das duas corporações militares que lançaram candidatos aos diversos cargos eletivos. Ao todo foram eleitos 4 prefeitos, 5 vice-prefeitos e noventa vereadores, totalizando assim 111 militares das duas corporações ocupando cadeiras no legislativo e no executivo, em diversos estados da federação.

O número é expressivo e mostra o potencial político das corporações envolvidas com a segurança pública no país. Tendo por base as eleições de 2014, onde 55 candidatos foram eleitos, incluindo também policiais civis e federais, temos um crescimento de 101,8%.

Observa-se que no pleito de 2014, o crescimento do número de eleitos egressos das corporações da segurança pública, em relação às eleições de 2010, foi de 25% em todo o país, segundo dados do TRE.

Ainda na esteira das eleições 2016, nas redes sociais o tema já está em discussão e este grupo de novos eleitos já iniciaram tratativas e se organizam com a finalidade de se juntar em um conglomerado político com o objetivo de juntar força e fazer a defesa dos interesses comuns das corporações militares de segurança pública nas esferas estaduais e federal.

Os ataques diversos aos quais estamos expostos diariamente, a falta de apoio estatal e as criticas nos mais diversos fronts  é o que direciona estes servidores do povo a se defenderem no campo político e ali buscar as mesmas condições de trabalho dignas dispensadas a qualquer outro servidor púbico.

O Distrito Federal não teve eleições em 2016 e este cenário de crescimento político explosivo dos policiais militares e bombeiros no cenário nacional nos deixa com um gosto de ressaca moral na boca, se lembrarmos que no seguimento militar local, temos apenas um representante dos policiais e bombeiros militares no Congresso Nacional, o Deputado Fraga, e nenhum  na Câmara Legislativa.
Isto nos leva a refletir qual o caminho que devemos tomar para nosso pleito em 2018.


Por Ricardo Pato


Da redação.

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