Policiais civis, militares e bombeiros integrarão GSI, afirma Bessa Para apaziguar ânimos em torno de possível extinção da Casa Militar, deputado disse que gabinete será composto por todas as corporações



Policiais civis, militares e bombeiros integrarão GSI, afirma Bessa

Para apaziguar ânimos em torno de possível extinção da Casa Militar, deputado disse que gabinete será composto por todas as corporações


ISADORA TEIXEIRA


11 nov 2018

O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) definiu mais um nome para compor a equipe que assumirá o comando do Executivo local a partir de 1º de janeiro de 2019. O deputado federal Laerte Bessa (PR) vai chefiar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que será criado pelo emedebista.


Ao Metrópoles, Bessa confirmou ter aceitado o convite do governador eleito, que está em Corrente (PI). Disse que o GSI irá zelar pelo Estado, cuidará da área de inteligência, organização das secretarias e da segurança do governador. 

Atualmente, a segurança do chefe do Executivo local é atribuição da Casa Militar. Bessa disse que não sabe ainda se o órgão deixará de existir, mas assegurou que a mudança não causará rusgas entre as corporações. “Pelo fato de eu ser policial civil, não quer dizer que será a PCDF [que integrará o gabinete]. O GSI vai ser composto por policiais civis, militares e bombeiros, com certeza”, afirmou.


O deputado federal afirmou que não conversou, ainda, com Ibaneis a respeito do GSI. O convite foi feito por meio de um assessor neste domingo (11/11), conforme revelou Bessa. O parlamentar quer se reunir com o governador eleito nesta segunda-feira (12) para definir os próximos passos. “Vou ver quais são os princípios básicos que Ibaneis quer dentro dessa chefia e começar a transição”, declarou.

No dia 6 de outubro, Bessa, que não conseguiu se reeleger, se encontrou com Ibaneis e disse que contribuiria com a transição do próximo chefe do Executivo local na área da segurança pública. Além disso, o congressista informou ter recebido convite para integrar a nova gestão do GDF.

“Ele disse que não pode adiantar em qual área, mas que vou participar do governo”, revelou, na ocasião, o deputado. Durante as eleições, Bessa migrou da campanha de Alberto Fraga (DEM) para a de Ibaneis. A decisão contrariou a orientação do partido, já que o PR estava oficialmente coligado com o democrata.

Bessa é delegado aposentado da Polícia Civil do Distrito Federal. O parlamentar foi diretor-geral da instituição por oito anos. Agora, vai assumir um órgão que, em outras unidades da Federação, costuma ter status de secretaria.

Contra extinção

Dentro da equipe de transição, é discutida a possibilidade de extinção da Casa Militar, medida que desagrada as entidades que representam PMs e bombeiros do DF. Em nota divulgada na sexta (9/11), o fórum que congrega as duas corporações mostrou preocupação com essa questão.

“O fórum quer participar efetivamente dessas discussões, uma vez que a Casa Militar não tem somente a função de segurança do governador. Constitui um ponto estratégico para as corporações militares e é essencial para os rumos da nossa categoria e da própria segurança do Distrito Federal”, argumenta o coronel Brambila, coordenador do grupo.

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