MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL ALÔ.

Operação Tartaruga no Carnaval da Capital

Em assembleia, Bombeiros e PMs decidem iniciar operação padrão hoje

16/02/2012 08h43

Michel Aleixo

RICARDO MARQUES

PMs só atenderão ocorrências com a presença da Polícia Civil

Em assembleia realizada na noite de ontem, os policiais militares e os bombeiros do Distrito Federal decidiram iniciar uma operação padrão. A partir da meio noite desta quinta, os PMs só vão sair para atender ocorrências, quando uma viatura da polícia civil estiver presente para acompanhar os procedimentos. Além disso, os autos referentes a infrações de trânsito não serão mais aplicados pelos militares. No caso dos bombeiros, as operações de vistoria a edificações e construções estão paralisadas.

Com gritos de “olê, olá, a PM e os Bombeiros vão parar”, cerca de 10 mil oficiais das duas corporações compareceram a assembleia na Praça do Relógio, em Taguatinga. A principal reivindicação das categorias é a equiparação salarial com os outros órgãos da segurança pública da capital. Em especial, igualdade dos rendimentos dos policiais civis e agentes do Departamento de Trânsito (Detran). “Enquanto um policial civil em início de carreira ganha cerca de R$ 7.500, um PM recebe apenas R$ 4 mil, fazendo um trabalho ostensivo de segurança e consequentemente, correndo mais riscos”, defende o Vice-presidente da Associação dos Praças Policiais Militares (Aspra-DF), Manoel “Sansão” Barbosa.

As categorias se reúnem em nova assembleia no dia 2 de março. Até lá, esperam que o governo do Distrito Federal apresente propostas. As categorias exigem ainda, uma reestruturação de carreira. “Com a operação tartaruga, as ocorrências que levavam em média cinco minutos para serem atendidas, vão demorar no mínimo 20”, alerta o subtenente Ricardo Pato, da Associação dos Subtenentes e Sargentos da PMDF. “Esperamos que o governo nos ofereça uma proposta antes dessa data. Se as negociações não avançarem, é possível que ocorra uma paralisação total da Polícia Militar”, acrescentou.

De acordo com a assessoria da PMDF, o governo reconhece a legitimidade da reunião dos policiais e bombeiros, mas a corporação não trabalha com a possibilidade de greve. A PM afirmou também, que aguardava a assembleia de ontem para avaliar as reivindicações das categorias.