DF suspende aulas da rede pública e manda PM desobstruir rodovias


Governador determinou prioridade para saúde, segurança, SLU, CEB e Caesb. Universidades particulares e outros serviços também estão foram pela paralisação dos caminhoneiros.

Por G1 DF

Grupo bloqueia via Epia, no Distrito Federal, em apoio ao protesto de caminhoneiros (Foto: Vinicius Cassela/G1)

O governo do Distrito Federal suspendeu as aulas da rede pública de ensino nesta sexta-feira (25), em razão da paralisação de caminhoneiros e outras categorias de transporte. Escolas e universidades particulares também cancelaram as aulas (veja abaixo).

Segundo o Palácio do Buriti, a medida que atinge a rede pública "visa garantir a segurança dos alunos, diante da possibilidade de novas interrupções, bem como melhorar a mobilidade no trânsito da cidade". A determinação partiu do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) que anunciou outras medidas.

Medidas anunciadas pelo governo

A Polícia Militar deverá desobstruir as rodovias federais no DF, "de acordo com decisão da Justiça Federal". O objetivo, de acordo com o governo, "é garantir a saída dos caminhões-tanque das distribuidoras para o fornecimento de combustíveis aos postos".


Uma comissão especial de negociação, coordenada pela Casa Civil, deverá promover o entendimento com as lideranças dos caminhoneiros para garantir a saída e assegurar, pelo menos, o abastecimento para veículos de serviços essenciais.


Já a Polícia Civil deverá abrir investigação criminal sobre "crimes contra a relação de consumo e a economia popular" – por exemplo, ligados a preços abusivos em postos de combustível. O Procon, deverá continuar fiscalizando e punindo postos que ultrapassem a razoabilidade nos preços.


Uma comissão especial de negociação, coordenada pela Casa Civil, deverá promover o entendimento com as lideranças dos caminhoneiros e garantir essa a saída de maneira e, com isso, assegurar pelo menos um abastecimento para veículos de serviços essenciais.


A Procuradoria Geral do Distrito Federal deve ingressar com uma ação judicial para garantir prioritariamente o abastecimento das empresas de ônibus.


Combustíveis

De acordo com o Palácio do Buriti, o combustível adquirido pelo governo deve ser encaminhado, com prioridade, a serviços essenciais de saúde, segurança e limpeza urbana. Trabalhos emergenciais da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) e da Companhia Energética de Brasília (CEB) também serão priorizados.

A CEB divulgou nota informando que está com dificuldades para abastecer os carros da companhia. Por isso, apenas serviços de emergência serão atendidos enquanto durar a paralisação dos caminhoneiros.

Transporte público

18h30: Mapa com os estados onde há cidades que reduziram as frotas de ônibus por impacto do protesto dos caminhoneiros (Foto: Alexandre Mauro e Igor Estrella/G1)

A Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal (Semob) diz garantir o abastecimento de todas as empresas de ônibus da capital até esta quinta-feira (24). De acordo com a pasta, até a última atualização desta reportagem, 100% da frota estava rodando.

As empresas de ônibus Pioneira e São José confirmaram que possuem gasolina para continuar rodando nesta quinta. A Marechal e Urbi dizem que têm gasolina até sexta (25) e a Piracicabana até domingo (27).

A TCB, empresa pública de transporte, também informou que tem diesel para rodar até domingo e não há diminuição da frota.

horário de pico do Metrô foi ampliadoem uma hora, pela manhã e mais uma hora a noite. Com isso, todos os 24 trens deverão rodar entre 6h e 9h45, e entre 16h45 e 20h45. Nos demais horários, entram em operação 18 trens.

Universidades e escolas privadas

Estudantes em sala de aula, em Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)

O Sindicato das Escolas Particulares do DF (Sinepe) informou ao G1 que nenhuma escola privada suspendeu aulas. No entanto, a entidade orienta que os diretores decidam, com base na segurança de toda a comunidade escolar, se devem ou não paralisar as atividades enquanto durar a greve dos caminhoneiros.

Até o início da noite, a Universidade Católica de Brasília, o Centro Universitário UDF e o Centro Universitário Iesb já tinham anunciado mudanças no cronograma.

Na Católica, as atividades acadêmicas foram suspensas às 18h, até sábado (26). Para não haver prejuízos aos alunos, os professores poderão propor atividades substitutivas ou programar a reposição das aulas. O atendimento administrativo funcionará normalmente.

O Centro Universitário IESB também informou que não haverá aulas até o próximo sábado, em nenhuma unidade do Distrito Federal. Na UDF, a suspensão vai até o fim da manhã de sexta, por enquanto.

UnB

A Universidade de Brasília (UnB) disse ao G1 que, por enquanto, não há nenhum comunidade oficial da reitoria. No entanto, cada professor poderá suspender as aulas de acordo com a necessidade.
Fonte.
 G1 DF

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