No decorrer de apenas 24 horas, dois presos morrem em celas da Papuda


A segunda morte ocorreu na noite de segunda-feira (1º), no Bloco 6 do Centro de Detenção Provisória (CDP)

Entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, dois detentos do Complexo Penitenciário da Papuda morreram no interior de celas. A última morte ocorreu na noite de segunda-feira (1º/1), no Bloco 6 do Centro de Detenção Provisória (CDP). De acordo com fontes ouvidas pelo Metrópoles, o preso tinha 40 anos e sofreu um infarto fulminante.

Agentes penitenciários acionaram o Serviço Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros, mas o atendimento não chegou a tempo de salvar a vida do interno.

A primeira morte ocorreu também no CDP, na noite de domingo (31), véspera de Ano-Novo. O preso, de 24 anos, estava em regime provisório e teve uma parada cardíaca. Ele passou mal na cela, com sintomas de falta de ar, mas o socorro não teria chegado a tempo. O detento começou a cumprir pena em 2017 pelo crime de tráfico de drogas.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social e com a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe). Após a publicação desta reportagem, a Sesipe enviou a seguinte resposta:

"Nota Oficial

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) confirma a morte de dois internos no Centro de Detenção Provisória (CDP). O primeiro estava lotado no bloco dois da unidade e morreu na noite de domingo (31). O outro morreu na madrugada desta terça-feira (2) e estava lotado no bloco seis. Os dois passaram mal dentro de suas celas. A 30ª Delegacia de Polícia, localizada em São Sebastião, investiga os dois casos. O resultado da perícia deverá ficar pronta em 30 dias.

O interno lotado no bloco dois foi atendido pelo Corpo de Bombeiros Militar. A viatura da corporação contava com equipamento de reanimação e equipe especializada. Todos os procedimentos de intervenção foram tomados, mas a vítima não resistiu à parada cardíaca. Ainda no domingo, a Gerência de Assistência ao Interno do CDP comunicou o óbito à família do custodiado. A unidade se prontificou a prestar todo amparo social que o fato necessita. O interno estava preso desde 29 de setembro por tráfico de drogas e aguardava julgamento. Ele solicitou atendimento médico na unidade prisional no dia 29 de dezembro e se queixava de dores lombares. Após atendimento da equipe médica, recebeu medicação para cessar as dores e não solicitou mais atendimento.

O detento do bloco seis foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que fez o procedimento de reanimação, mas o interno não resistiu à parada cardíaca e faleceu. Ele estava internado desde o dia 15 de dezembro, por embriaguez ao volante, e já fora condenado anteriormente por porte ilegal de armas, e não solicitou atendimento médico desde sua chegada à unidade prisional.

Fonte: Metrópoles DF

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