Redução de multa, deixa governo em desespero.
Este ano, de 16 a 29 de fevereiro, teriam sido aplicadas apenas 401 multas, dezessete vezes menos do que em 2011. O prejuízo dos cofres públicos em dezesseis dias teria sido de, cerca de, R$ 1,1 milhão

Chico Sant´Anna


O movimento por melhorias salariais dos praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal tem nova estratégia. O alvo agora é o ponto mais sensível do GDF, o bolso. Ou melhor: a receita proveniente das multas de trânsito.

Segundo a Associação Brasileira de Educação de Trânsito - Abetran, de 2006 a 2009, o Distrito Federal reforçou seus cofre com um montante de R$ 395 milhões, provenientes das multas de trânsito pagas pelo brasiliense. Em 2009, a equação decorrente da combinação entre o desrespeito às leis e a voracidade da fiscalização teve como saldo 1,4 milhão de multas. Mais de 3,8 mil multas por dia, ou quase três multas por minuto. Traduzindo em moeda: R$ 83 milhões.

Ontem estava atuando na área de Santa Maria e Gama, e pude constatar que os companheiros daquelas duas localidades estão seguindo a risca a operação tartaruga, parabenizo a eles e a todos que estão cumprindo rigorosamente o que foi votado na última assembleia, não vamos abrir mão dos mais de 230milhões que estão no caixa da PM e CBM destinado a gastos com pessoal, onde foi previsto no orçamento do governo do ano passado um reajuste de 13% para as duas categorias, só não consigo entender porque o governo reluta tanto em repassar um dinheiro que é nosso e que já tem destinação definida, ou seja, reajuste salarial.

O governo está pagando e pagará muito caro por sua insistência em não dar reajuste para a PM e CBM, os números mostram isso, como foi citado acima no que se refere a arrecadação das multas, isso sem falar na criminalidade que vem aumentando dia a dia em Brasília, conforme comprovada na postagem anterior onde mostrei várias matérias publicadas nos veículos de comunicação que comprovam o que estou afirmando, isso está provocando um desgaste no governo sem precedentes, o movimento pode se estender por anos se assim desejar o governo, mais se tiverem um pouco de bom censo, verão que estão dando um tiro no pé, perdendo o voto e a confiança dos militares das duas corporações que depositaram nele na última eleição realizada em outubro de 2010, e que agora através da operação tartaruga tem contribuído para que o índice de aceitação do governo local caia cada vez mais junto a opinião pública, como ficou comprovada na última pesquisa, onde o governo local está estacionado em último lugar.

O movimento unificado está aguardando uma nova convocação do governo para iniciarmos uma nova rodada de negociações, tendo em vista, termos entregado uma proposta de reajuste para a categoria há quase quinze dias, ou seja, antes da realização da assembléia do último dia 15 de março e até agora não pronunciaram nada sobre o assunto. Portanto, a mobilização continua até o governo nos apresentar uma proposta de reajuste imediatamente, que Deus nos abençoe em nossa luta, que é justa, e Deus é justiça.



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