Nova presidente: Pela transparência da Cabe
Nova presidente: Pela
transparência da Cabe
Grupo fará uma
auditoria na entidade marcada, recentemente, por desvios de recursos.
(QUE ALIÁS
PUBLIQUEI POR DIVERSAS VEZES AQUI NO BLOG. AS MATÉRIAS PARA QUE OS POLICIAS
PUDESSEM FAZER SUAS ESCOLHAS, MAS, CIENTE DE TODOS OS ESCÂNDALOS QUE A CABE
PASSOU NA ÚLTIMA GESTÃO.)
POR
MARYNA LACERDA - CORREIO BRAZILIENSE - 23/11/2015 - 09:05:19
Chapa liderada
pela coronel Maria do Santo Costa vence as eleições para a Caixa Beneficente da
Polícia Militar com uma diferença de apenas 216 votos. ...
"A primeira coisa que farei, quando assumir, é uma auditoria na Cabe. A atual gestão é obscura. O beneficiário da Cabe não sabe quanto se arrecada, quanto se gasta" Maria do Santo Costa, coronel
A Chapa 2 — Cabe para todos venceu as eleições para a nova gestão da Caixa Beneficente da Polícia Militar do Distrito Federal (Cabe). Liderada pela coronel Maria do Santo Costa, o grupo ganhou com 1.281 votos, ou seja, 40% dos 2.982 participantes do pleito. O segundo lugar ficou com a Chapa 1 — Coalizão, presidida pelo coronel Giuliano Costa de Oliveira, com 1.065. A diferença para o segundo lugar foi bastante apertada, de apenas 216 votos — no total, concorreram seis grupos. Os vencedores assumem a direção da instituição a partir do próximo ano com a promessa de dar mais transparência à administração (leia quadro).
Maria do Santo ingressou na Polícia Militar, em 1983, como soldado da primeira turma de policiais femininas. Em agosto de 1984, foi aprovada para o concurso de cabo e, em dezembro do mesmo ano, assumiu o posto de terceiro-sargento. Em 1987, passou em primeiro lugar no concurso de formação de oficiais. Cursou a Academia da PM, em Minas Gerais, até 1989. Em outubro de 1989, foi declarada aspirante e retornou à PMDF. No início do ano seguinte, foi promovida a segundo-tenente e se tornou a primeira mulher a comandar a Guarda da Bandeira da Corporação. Atuou, ainda, como primeiro-tenente, capitão, major e tenente-coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares Femininos (QOPMF). Em 2009, graduou-se coronel.
A nova presidente da Cabe tem perfil de gestora. Foi subcomandante da Companhia de Polícia Feminina, presidente do Conselho de Disciplina da PMDF, subcomandante do Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), comandante do 16º Batalhão de Polícia Militar do DF (Planaltina), entre outros. De abril de 2012 a janeiro deste ano, foi comandante do Centro de Altos Estudos e Aperfeiçoamento da PMDF. Maria da Costa assume com a promessa de dar mais transparência à entidade. “A primeira coisa que farei, quando assumir, é uma auditoria na Cabe. A atual gestão é obscura. O beneficiário da Cabe não sabe quanto se arrecada, quanto se gasta”, afirma.
A votação
A eleição teve participação maciça de dois setores da tropa: os militares mais jovens e os reformados. O maior movimento para votar ocorreu durante a manhã, de acordo com o presidente da Comissão Eleitoral, Gleno Ervandiel Faria da Costa. “Buscamos a total transparência e a lisura do processo. Tudo está embasado no Código Eleitoral e no Estatuto da Cabe. Divulgamos a todas as chapas, que, se necessário, elas têm a possibilidade de recorrer nas instâncias civil e criminal”, informou o oficial da reserva. A comissão é composta por três oficiais e três praças.
A proposta comum às principais chapas que participaram do pleito foi a realização de auditoria nas contas da instituição. Os candidatos criticaram a falta de transparência da atual gestão e a ausência de um inventário sobre o patrimônio da Caixa Beneficente. Esse foi também um dos pontos defendidos pela Chapa 1. O presidente do grupo, coronel Giuliano, disse que “todas as chapas aqui são de oposição (à atual gestão). Não tem ninguém defendendo a diretoria que está aí e ninguém está sendo apoiado por ela”.
A situação delicada da Cabe veio à tona após a Operação Tiradentes, realizada pela Polícia Civil do DF, em outubro do ano passado. A investigação buscava esclarecer o desvio de R$ 30 milhões em recursos. A suspeita era de mau uso na emissão de notas fiscais. Também houve denúncia de superfaturamento na compra de 199 pares de coturnos ao custo de R$ 50 mil. Investigadores da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) e do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), perceberam indícios de irregularidade quando observaram que, um ano depois da compra, os mesmos produtos foram vendidos pela metade do preço. Isso porque a Cabe pagou R$ 378 por cada par do sapato e repassou por R$ 116. Dessa forma, a primeira transação estaria superfaturada.
Pelo menos 22 policiais militares, incluindo o ex-comandante-geral Sebastião Davi Gouveia, foram acusados das irregularidades. Gouveia é suspeito de ter participado de uma contratação fraudulenta de uma empresa de manutenção e assistência de computadores. À época, ele era gerente administrativo da Cabe e permitiu a emissão de sete notas no valor de R$ 12 mil. Os representantes da empresa alegaram nunca terem fechado negócio com a entidade.
Mais votada
Principais promessas de campanha da Chapa 2 — Cabe para todos
» Auditoria nas contas da Cabe
» Serviço permanente de assistência jurídica nas áreas cível, criminal e administrativa para os policiais
» Reestruturação do comércio reembolsável a preço de custo
» Atenção à saúde dos policiais da reserva e dos reformados
Parabens a nova presidente do conselho deliberativo da chapa 2 e a todos os componentes dos conselhos fiscais e deliberativos, que façam uma boa gestão respeitando a contribuição dos associados e disponibilizando benefícios para toda família dos policiais militares associados da CABE.

Comentários
Postar um comentário
POST AQUI SUA OPINIÃO, AGRADEÇO SUA PARTICIPAÇÃO.