Comissão denuncia irregularidades no concurso da PMDF
Problemas vão desde a entrada de candidatos após o horário estabelecido no edital a quedas de energia e uso de celular nos locais de prova
Rafaela Felicciano/Metrópoles

O último concurso de admissão ao Curso de Formação de Praças (CFP) da Polícia Militar do DF, realizado pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), é alvo de denúncias dos próprios candidatos. Os problemas apontados por eles vão desde a entrada de concorrentes após o horário estabelecido no edital a quedas de energia e uso de celular nos locais de prova. O teste foi aplicado no dia 20 de maio.
Uma comissão elaborou um documento descrevendo todas as falhas. O relatório foi encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPFDT), à Polícia Civil e à Corregedoria da PMDF.
“Fomos ao Ministério Público na semana passada e as denúncias foram aceitas. Já pediram esclarecimentos ao Iades. A banca tem até o dia 26 de junho para responder ao ofício. Dependendo da resposta, será aberto o inquérito”, informou Thays Cavalcante, uma das 56 integrantes do grupo.
1/3Denúncia feita na corregedoria da PMDF
2/3Registro na Polícia Civil
3/3Protocolo do MPDFT
1/3Denúncia feita na corregedoria da PMDF
2/3Registro na Polícia Civil
3/3Protocolo do MPDFT
1/3Denúncia feita na corregedoria da PMDF
2/3Registro na Polícia Civil
3/3Protocolo do MPDFT
Um dos principais problemas, segundo a comissão, foi o acesso de duas mulheres a um local de prova quando os portões já estavam fechados. “Temos um vídeo de duas candidatas entrando após o horário oficial de fechamento dos portões. O que fere o item 8.8.1 do Edital Normativo 21/DGP – da PMDF, que regulamenta o concurso e dita: não será admitido ingresso de candidato no local de realização das provas após o horário fixado para o seu início. Isso sem mencionar o princípio da isonomia, pelo qual todos devem ser tratados iguais, sem distinção”, destaca a denúncia.
Outro ponto polêmico foi o horário marcado em alguns comprovantes de inscrição. Alguns apontavam que a aplicação do certame seria às 13h30. Outros, às 14h. Segundo relatos de alguns candidatos, eles saíram prejudicados por culpa dos fiscais.
1/4Candidatos receberam horários diferentes
2/4Comprovante de inscrição aponta outro horário para o início da prova
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“Temos testemunhas que se sentiram prejudicadas, pois os fiscais não sabiam informar o tempo de decorrência da prova (não riscavam os horários no quadro) e, quando o fizeram, simplesmente falavam errado. Em um local, faltavam duas horas e sete minutos para o final da prova, e informaram uma hora e sete minutos. Em outros, restava uma hora e sete minutos, mas disseram que o tempo era de 30 minutos”, ressaltou a comissão.
Candidatos também apontaram irregularidades envolvendo celulares nos locais de realização do certame. De acordo com alguns depoimentos, um aparelho chegou a tocar na hora da prova. Uma mulher diz ter visto uma concorrente, da mesma sala, fazendo quatro assinaturas no gabarito definitivo. Quando questionada sobre o fato, a concurseira teria respondido que estava testando a caneta.
1/4Candidatos levantam suspeitas sobre concursoReprodução
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3/4Candidatos denunciam horários divergentesReprodução
4/4Candidatos denunciam quatro rubricas em gabarito: "Será carta marcada?"Reprodução
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4/4Candidatos denunciam quatro rubricas em gabarito: "Será carta marcada?"Reprodução
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4/4Candidatos denunciam quatro rubricas em gabarito: "Será carta marcada?"Reprodução
O outro lado
Questionada, a Polícia Militar do Distrito Federal pediu que as perguntas fossem direcionadas à banca. “O Iades foi a empresa vencedora da licitação para a aplicação das provas, tornando-se responsável pelos eventos durante o exame”, pontuou a PMDF.
Por sua vez, segundo informou o Iades, os portões foram fechados às 13h30, conforme edital normativo. “Todos os procedimentos para a realização das provas foram devidamente executados, tendo sido, inclusive, acompanhados pela Polícia Militar do Distrito Federal. Os candidatos tiveram 4 horas e 30 minutos para fazer as 60 questões da prova e a redação”, ressaltou a banca, por meio de nota.
“Caso algum candidato tenha interesse em reportar alguma situação, solicitamos que o faça na Central de Atendimento ao Candidato do Iades, com a devida comprovação dos fatos, para que possamos analisar individualmente cada situação”, concluiu.
Sobre o concurso
Cerca de 50 mil candidatos fizeram o certameem 26 escolas do Distrito Federal. O índice de ausência foi em torno de 12,5%. Ao todo, de acordo com a corporação, são oferecidas 3 mil vagas. A remuneração inicial prevista é de R$ 4.069,06, durante o curso de formação, mais auxílio-alimentação. Após o curso de formação, o rendimento passa para R$ 5.245.
Fonte.
Metrópoles.











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