POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES DO DF SE ORGANIZAM PARA REUNIREM EM PRAÇA PÚBLICA.


A segurança pública do DF volta ser uma questão de preocupação para a população. Em meio à crise econômica vivida pelo país, policiais civis e militares e bombeiros pressionam o Executivo local para reajuste nos salários. As duas últimas categorias exigem a equiparação do índice percentual aplicado aos salários das Forças Armadas, de 27,9%.
A folha de pagamento mensal do GDF em todas as áreas é de R$ 1,69 bilhão. O Correio apurou que, se as forças de seguranças conquistarem o reajuste como pleiteado, o impacto seria de R$ 507 milhões no primeiro ano e de R$ 692 milhões por ano, ao fim do terceiro. Existe uma grande preocupação com a repercussão interna desse reajuste, pois o governo está no limite prudencial de gastos com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Hoje, o GDF gasta 47,08% da receita corrente líquida com o pagamento da folha. Se esse percentual crescer, o Executivo pode superar o teto da LRF, o que aumentaria as restrições impostas, como a proibição de contrataçõesNa manhã de ontem, representantes de associações ligadas ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Militar do DF se reuniram com o presidente regional do PMDB, Tadeu Filippelli — assessor e interlocutor do presidente em exercício, Michel Temer, no DF —, a fim de discutir o aumento salarial das categorias de segurança pública. 

O objetivo é buscar apoio de grupos políticos para levar a proposta até o governador Rollemberg. Segundo o coordenador do Fórum das Associações, coronel Mauro Manoel Brambilla, os militares entraram em contato com deputados da bancada da segurança, como os distritais Wellington Luiz (PMDB) e Roosevelt Vilela (PSB) e os federais Laerte Bessa (PR) e Alberto Fraga (DEM).

Brambilla afirma que a proposta de reajuste vem sendo discutida pelo grupo desde o início do ano, mas, até agora, as categorias não foram recebidas pelo governador para negociação. “Em abril, tivemos uma reunião com o comandante-geral da PM (Marcos Antônio Nunes de Oliveira) e, desde maio, aguardamos o retorno da secretária de Segurança do DF (Márcia de Alencar). Na última semana, protocolamos um pedido de audiência com o governador e estamos aguardando. Esperamos que sejam dados os mesmos percentuais oferecidos à Polícia Civil e aos antigos Ex-Territórios, concedido pelo Governo Federal, tendo em vista a nossa lei de vencimento a 10486 ser a mesma dos componentes da segurança pública dos antigos territórios, portanto não tem motivo do tratamento diferenciado, também é importante que a população saiba que o reajuste do seguimento da segurança pública do DF, não implica na lei de responsabilidade fiscal, tendo em vista a fonte pagadora é o fundo constitucional criado para essa finalidade. Esse é um argumento que os governos de Brasília sempre utilizam para jogar a população contra os policiais civis, militares e os bombeiros do DF, afirma RICARDO PATO, presidente da associação dos subtenentes e sargentos da PMDF e CBMDF.




Por enquanto, esperamos, no mínimo, a abertura do diálogo”, argumentou.


Policiais militares aguardam o posicionamento do Governo de Brasília acerca do reajuste salarial da categoria, neste ano. Os militares afirmam ter entregue, em maio, proposta ao comandante-geral da PMDF, Coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, a qual também beneficia o Corpo de Bombeiros. Eles esperam que sejam dados os mesmos percentuais oferecidos à Polícia Civil e aos antigos Ex-Territórios, concedido pelo Governo Federal.

“Aqui no Distrito Federal não foram tratados os interesses do seguimento de segurança pública. Não teve abertura de diálogo por parte do governo. É um silêncio ensurdecedor”, lamenta o Coronel Brambilla. Devido a inercia do governo local em atender as associações representativas e lideranças da PMDF e CBMDF, o deputado Alberto Fraga convocou uma reunião com os militares das duas corporações e determinou um prazo até o dia 05 de julho para que o governo se manifeste sobre o assunto, caso contrário as duas categorias voltarão a se mobilizar em praça pública e cobrarão tratamento isonômico aos oferecidos aos militares dos EX-TERRITÓRIO. Segundo ele, apesar da preocupação, a chamada operação tartaruga não é descartada. 









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