SECRETÁRIO RESPONDE AS CRITICAS DO DEPUTADO ALBERTO FRAGA


À QUEIMA-ROUPA



Arthur Trindade
Secretário de Segurança Pública e Paz Social

Um sociólogo tem autoridade para comandar policias civis e militares?
As polícias já têm comandante e diretor. Aliás, dois profissionais muito competentes, que gozam de alto prestígio nas suas instituições. O papel do secretario é outro. Cabe a ele coordenar as ações que compõem política de segurança pública. 



O deputado Alberto Fraga, que é coronel da PM, disse que o senhor nem sequer sabe quantas balas tem um 38. Quantas são? 
Um revólver 38 pode ter entre 5 e 8 munições. É importante dizer que sei atirar de revólver, pistola, fuzil e metralhadora. Mas também sei atirar de canhão, uma vez que fui oficial do Exército da arma de artilharia. 


Precisa ter esse tipo de conhecimento para restabelecer a paz no DF? 

Para coordenar uma política pública de segurança é necessário ter conhecimentos de gestão, metodologia e análise criminal. Nos dias de hoje, não cabem mais as estratégias de policiamento baseadas unicamente no uso da força. É necessário ter capacidade de planejamento e coordenação de ações. 


O senhor tem medo de ser assaltado em Brasília?
Todos nós temos medo de sermos assaltados em Brasília. Mas alguns grupos têm mais medo, pois estão mais vulneráveis. Mulheres, idosos, crianças, comerciantes, por exemplo, são vítimas mais frequentes de crimes.

Acha que o cidadão pode circular sem riscos no DF?
Infelizmente, o Distrito Federal deixou de ser visto como um lugar seguro. Nosso desafio é restabelecer a sensação de segurança que sempre marcou a vida dos brasilienses. 

O que já foi feito para reduzir a criminalidade?
Algumas medidas já foram postas em prática visando aumentar os efetivos policiais empregados nas atividades operacionais. Também foram mudadas rotinas para otimizar os trabalhos de investigação criminal.

 Matar ou morrer na capital do país
Foi um começo de ano atípico: entre as vítimas de homicídio em janeiro, estão crianças assassinadas pelos pais; três homens mortos por mulheres; e quatro agentes de segurança pública fora de serviço
 As ocorrências de homicídio do começo de 2015 descreveram circunstâncias excepcionais: um pai jogou o carro, com os quatro filhos, contra um caminhão, matando os cinco; mãe e filha morreram em incêndio provocado pela primeira; uma irmã degolou o irmão; duas mulheres assassinaram seus companheiros em briga de faca; uma menina levou um tiro que era destinado ao irmão dela; um homem de moto foi atropelado por outro de carro porque o primeiro estava tendo um caso com a mulher do segundo. Quatro agentes de segurança pública (nenhum deles estava em serviço), um taxista, um jovem atleta de basquete, um empresário e um taxista estão entre as primeiras vítimas de homicídio deste ano. 

Embora os dados da Secretaria de Segurança Pública apontem a morte de 66 pessoas vítimas de homicídio no primeiro mês do ano, apenas 39 foram noticiados. Isso porque a Polícia Civil do novo governo ainda obedece à orientação da administração anterior, de evitar divulgar casos de violência acontecidos no Distrito Federal. A maioria das vítimas dos casos listados pelo Correio, porém, corresponde ao perfil habitual dos casos de homicídios no Brasil: é do sexo masculino e morador de cidade-satélite. A idade dos homens assassinados varia entre 16 e 56 anos. 


“A vida parece ter perdido valor”, diz o secretário de Segurança Pública, Arthur Trindade. “Acredito que a redução dos homicídios seja um dos maiores desafios de nossa sociedade”. Ao mesmo tempo, o novo secretário promete concentrar ações nas áreas, nos grupos e nas situações mais vulneráveis. Trindade defendeu a criação de uma lei “que confira transparência às estatísticas criminais” e informou a criação da Subsecretaria de Gestão da Informação. 

O combate ao homicídio exige investimento a longo prazo e o retorno também é demorado, explica Marcelle Figueira, coordenadora do curso de segurança pública da Universidade Católica de Brasília (UCG). Embora haja casos complexos entre os crimes desse primeiro mês do ano, no conjunto, o perfil das vítimas e as circunstâncias dos homicídios não se diferenciam do restante do país — crimes motivados por tráfico de droga, briga entre gangues, assaltos. “Teoricamente, a partir do momento em que identificamos um perfil, é claro que conseguimos elaborar ações focalizadas na vulnerabilidade das vítimas. O homicídio é difícil de prever e, por isso, é uma dinâmica tão difícil de mudar”, afirma.

Na visão de Marcelle Figueira, as políticas devem a abarcar diversos setores do governo, incluindo educação, economia e acesso da população à Justiça. “Para haver uma redução sólida, temos que mudar a dinâmica social desses lugares. As ações não se fazem somente com polícia, mas de forma integrada com os demais serviço públicos e secretarias de governo.” Crimes como o do pai que jogou o carro contra o caminhão matando os quatro filhos e o da mãe que incendiou a casa com a filha dentro são, na visão da especialista, ainda mais difíceis de prever. “Mas ações como essas têm mais a ver com a dinâmica da sociedade. Eles fogem do padrão maior, mas fazem parte da vida social.”

Doutor em ciências sociais pela Universidade de Brasília (UnB), o professor Alexandre Pereira Rocha explica que o perfil das vítimas de homicídio, em sua maioria homens, jovens e moradores de locais mais pobres, deve ser visto como diagnóstico de um problema social. É com essa avaliação que o governo deveria agir para combater a violência e a criminalidade. “Embora o recorte de janeiro seja uma parcela reduzida da realidade social, esses dados conseguem refletir a realidade. A maioria das vítimas são homens, de regiões mais pobres do DF. É um retrato nacional. Vemos que existe uma estrutura por trás da natureza do homicídio. Há padrões, perfis”, observa.

Para Alexandre, o combate à violência não deve se restringir apenas a ações das polícias Militar e Civil. É preciso que as corporações trabalhem unidas ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), à Justiça e aos sistemas penal e socioeducativo. O especialista destaca que, 70% das pessoas que passam pelo sistema penitenciário do DF voltam a cometer crimes, o que indica que o sistema não funciona bem. “Não temos políticas públicas específicas para lidar com os homicídios. A parte seguinte desse diagnóstico seria solucionar o problema. Além disso, é preciso buscar medidas para resolver os problemas sociais da população carente, dando cultura, esporte, educação, e formação profissional.”


66 homicídios 
As cidades onde aconteceram o maior número de assassinatos foram:
Ceilândia               12

Sobradinho              7
Taguatinga              6
Santa Maria             6
Recanto das Emas    4

Janeiro de 2015       66 homicídios 
Janeiro de 2014       76 homicídios 
Janeiro de 2013       48 homicídios




1º de janeiro


Paulo Sérgio Ribeiro da Luz, 19 anos — Um homem entrou atirando em uma festa às margens da BR-020 e matou Paulo. Uma mulher de 36 anos também se feriu. A violência aconteceu em um clube na marginal da BR-020, na altura de Sobradinho, por volta de 2h30, em uma festa de réveillon. O homem morreu na hora. O tiroteio provocou correria, e o autor dos disparo fugiu com a multidão.

Maicon Hudson de Souza Queiroz, 20 anos — Também na festa da virada, na QNO 17, expansão do Setor O, em Ceilândia Norte, outro rapaz disparou vários tiros contra Maicon. O crime aconteceu por volta de 3h50. Testemunhas socorreram o jovem e o levaram para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas ele morreu antes de chegar à unidade.

Eduardo Martins Araújo  —  Um casal trocou golpes de faca em uma briga na QND 32, Taguatinga Norte, por volta das 20h30. A mulher de Eduardo, Luciana Cristina Martins, 39 anos, ficou ferida no rosto e no ombro. Os dois foram encaminhados para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Ele não resistiu aos ferimentos no tórax.


2 de janeiro

Luiz José Alves Júnior, 22 anos — Cilda Borges, 34 anos, esfaqueou o companheiro depois de uma discussão na Quadra 203 do Condomínio Del Lago, no Itapoã, por volta de 1h40. Testemunhas chamaram o Corpo de Bombeiros, mas a vítima já estava morta quando os socorristas chegaram. Policiais Militares prenderam Cilda em flagrante.


4 de janeiro

Tatiane Lima, 36 anos, e Giovana, 8 — Sob tormentos psiquícos, a mãe teria ateado fogo na casa com as duas presas do lado de dentro. A tragédia aconteceu na QE 38 do Guará II. Por volta de 1h40, vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros. Os militares precisaram arrombar a porta do andar de cima para entrar no imóvel. O corpo da filha foi encontrado no primeiro pavimento. No mesmo pavimento, havia fósforos e um botijão de gás, que não explodiu. Segundo conhecidos de Tatiane, dias antes da tragédia ela doou o cachorro da família, pediu que amigos retirassem objetos da residência e que um inquilino, que alugava um dos cômodos do imóvel, deixasse o local.

Tony Carlos de Azevedo Amancio, 33 anos — O homicídio aconteceu por volta de 23h15, na EQNP 5/9, no Setor P Norte, em Ceilândia. Um homem encapuzado desceu de um carro na esquina próxima ao local onde a vítima estava e disparou várias vezes contra Tony.

José Carlos Batista Negrão, 41 anos — Um adolescente de 17 anos matou, com duas facas de cozinha, o catador e flanelinha José Carlos. Um grupo bebia debaixo de uma árvore, na Quadra 15 de Sobradinho, quando vítima e acusado começaram uma discussão. O jovem foi embora e voltou com as facas. Segundo a delegada-chefe da Criança e do Adolescente, Mônica Ferreira, o adolescente contou que estava passando por uma quadra de esportes quando foi xingado. “Testemunhas disseram que ele fez ameaças”. O acusado tem passagens pela polícia por roubo e porte de drogas. 

Homem de identidade ignorada — Por volta das 2h, policiais foram avisados de que havia um homem morto ao lado de uma poça de sangue, próximo a uma moto, perto da Feira do Produtor de Ceilândia. O caso foi registrado como homicídio. 


5 de janeiro

Wesley da Silva, 26 anos — O crime aconteceu no meio da rua, na QR 613 de Samambaia, por volta de 2h. Testemunhas acionaram o Corpo de Bombeiros, mas a vítima não resistiu aos sete tiros recebidos e morreu no local.


6 de janeiro

Francisco Antônio de Sousa Barros, 56 anos — Tentativa de assalto, por volta das 15h30, na agência dos Correios de Taguatinga Centro, terminou com três pessoas baleadas. Sargento reformado do Corpo de Bombeiros, Francisco levou três tiros no peito e morreu no dia de seu aniversário. Enquanto um dos assaltantes recolhia pertences, como celulares e dinheiro de clientes e funcionários, os outros dois davam cobertura à ação. Informado do que acontecia, e armado, o sargento decidiu intervir. Com a chegada do militar, os bandidos reagiram e dispararam. Um dos integrantes do trio, Josivan Rodrigues Barbosa, 25 anos, foi baleado e se entregou à polícia. Os outros dois fugiram levando R$ 3 mil e alguns celulares. O bombeiro havia ingressado na corporação em 1981 e tinha acabado de se aposentar. As outras duas vítimas foram levadas para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e não correm risco de vida.


7 de janeiro

Homem não identificado — Ele levou um tiro na Quadra 17/21, Bloco A, próximo ao Mercado Escorpião, no Setor Oeste do Gama. O crime aconteceu pouco antes das 10h. 


8 de janeiro

Jorge Vieira de Carvalho, 21 anos — Por volta de 20h, um homem disparou diversas vezes contra a vítima e fugiu. O crime aconteceu na EQNM 21/23 em Ceilândia Norte.

Homem não identificado — E outro, de 19 anos, foram feridos a tiros, por volta das 3h45, na QR 117, Santa Maria. Um deles morreu no local. O outro foi socorrido no Hospital Regional de Samambaia. 

9 de janeiro

Adolescente de 16 anos — Após uma brincadeira de luta que resultou numa briga, um jovem matou o outro na pia do quarto onde estavam internados. A tragédia aconteceu dentro da Unidade de Internação de Planaltina. Agentes fizeram os primeiros socorros e levaram a vítima para o Hospital Regional de Planaltina (HRP), mas o jovem não resistiu. Outros dois ocupavam o quarto onde aconteceu o crime. O autor da infração também tinha 16 anos.

Paulo Roberto da Silva, 36 anos — Foi assassinado com vários tiros à luz do dia na QNM 4 Conjunto G/H, em Ceilândia Norte. Ele deixava um bar por volta de 15h. Quando os socorristas do Corpo de Bombeiros chegaram, ele já estava sem vida.

11 de janeiro

Adolescente de 16 anos — O crime aconteceu por volta de 2h, ao lado de uma casa de shows, na Quadra 22, conjunto 4, no Recanto das Emas. Socorristas dos bombeiros chegaram a levá-lo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas ele não resistiu aos vários tiros recebidos.

Wislaine Victória Pereira Lima, 11 anos — A menina andava com a irmã de 26 anos, perto de casa, no conjunto 15 da QR 310, quando as duas foram baleadas, por volta das 12h. Dois homens, de moto, são acusados de praticar o crime. Horas depois do crime, Hygor Felipe Pereira de Sousa, 21 anos, foi preso em flagrante. Wislaine foi baleada nas costas e a irmã, na perna esquerda. Segundo o delegado-chefe adjunto da 32ª DP, Wilson Peres, o ataque foi uma vingança contra o irmão das duas vítimas. 

Morador de rua, 41 anos — Morto a facadas por um adolescente, na Quadra 15 de Sobradinho. 


12 de janeiro

Isaias José dos Santos, 41 anos — Lília Aparecida dos Santos Alves, 46 anos, é acusada de degolar o irmão em Brazlândia. O crime aconteceu na Quadra 46. A irmã de Isaias disse aos investigadores que Deus teria dito a ela para matar o irmão. Após o crime, Lília ligou para o marido dizendo que havia “feito uma bobagem” e que fugiria para o Goiás, mas se entregou na manhã seguinte.

Bruno Santos Silva, 30 anos, e Noêmia Caldeira Gomes, 61 anos — Sebastião Tomé, 51 anos, matou Bruno e Noêmia com o Fiat Uno branco que dirigia. Ele perseguiu Bruno, que dirigia uma moto, até atingi-lo na calçada e arrastar o corpo do motociclista por alguns mestros. Sem controle do carro, invadiu uma casa na QC1, conjunto L, em Santa Maria, por volta das 3h25. A vítima tinha um caso com a mulher de Sebastião, Salume Riza Alves Puga, 28. Na sequência, o veículo arrastou o corpo de Bruno até bater em um portão e no muro de uma casa. Noêmia, dona da residência, morreu atingida pela parede que desabou. As vítimas já estavam mortas quando paramédicos do Serviço Móvel de Urgência (Samu) chegaram ao local. A mulher não tinha nenhuma relação com o rival do acusado. Ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil. A pena para o crime varia de 12 a 30 anos de prisão. Sebastião Tomé é pai do jogador de futebol Felipe Anderson, camisa 7 da Lazio (time da Itália).

13 de janeiro

Henrique Santos Honda Bispo, 27 anos — Dois assaltantes assassinaram um agente penitenciário durante um roubo na QSD 25, Praça da Vila Dimas, em Taguatinga Sul, por volta de 20h30. A vítima chegou com a noiva ao endereço quando a dupla os abordou. Armados, eles tentaram levar o carro, mas, quando perceberam que Henrique também estava armado e portava um distintivo, dispararam quatro tiros no peito dele. Socorrido, o rapaz foi levado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas não resistiu e morreu ao dar entrada na unidade.

14 de janeiro

Robson Couto, 16 anos — Beneficiado com o saidão de Natal, Robson cumpria medida socioeducativa e não regressou à Unidade de Internação de São Sebastião (UISS). Ele morreu 21 dias depois, no Condomínio Porto Rico em Santa Maria, depois de levar vários tiros. Segundo informações de policiais do 26º Batalhão de Polícia Militar (Santa Maria) suspeitos mataram a vítima na 3ª Avenida do Condomínio Porto Rico e levaram o corpo dele para a Quadra 1A, na terceira etapa do bairro. Investigadores trabalham com a hipótese de acerto de contas.

15 de janeiro

 Niderval Ferreira do Nascimento, 36 anos — Uma discussão familiar, no conjunto 1, chácara 1, Setor Habitacional Arniqueiras, acabou em tragédia. Niderval discutia com a irmã no meio da rua, quando a sobrinha de 19 anos tentou intervir. O irmão dela, de 21 anos, entrou na briga, deu um tapa na jovem e esfaqueou o tio. 

18 de janeiro

Francisco Martins da Silva — Morto a facadas na QNM 38, Taguatinga Norte, por volta das 9h de domingo. Marcos Silva, 46 anos, seria o autor do crime. Um parente do agressor disse que Marcos teria sido vítima de uma tentativa de assalto. O acusado foi conduzido à delegacia.

19 de janeiro
José Leudomar da Silva, 53 anos, Mazinho — O taxista foi encontrado morto, com um tiro à queima-roupa na região da axila, por volta das 10h, no Park Way, próximo ao Aeroporto. Ele estava desaparecido desde a noite anterior. Foi vítima de latrocínio. Mazinho carregava R$ 3 mil recebidos dois dias antes num consórcio com outros taxistas. A carteira de habilitação do taxista foi encontrada em Santo Antônio do Descoberto (GO), sem o dinheiro. Câmeras de segurança do aeroporto registraram a presença de Mazinho no ponto de táxi às 21h de domingo.  

21 de janeiro

Manoel Ribeiro da Costa, 57 anos — Dois bandidos armados entraram na Madeireira Ribeiro, na QR 117, de Santa Maria, por volta das 15h, e anunciaram o assalto. Eles dispararam contra o dono do estabelecimento, que reagiu ao roubo. Manoel morreu no local com dois tiros no peito. Os ladrões levaram R$ 346. A PM prendeu os acusados e recuperaram a quantia roubada e um revólver calibre 38. 


22 de janeiro

Luiz Cláudio Coutinho da Silva, 48 anos — Sargento da Polícia Militar, Luiz Cláudio foi ferido com três tiros quando entrava em casa, de carro, na QNM 26, Taguatinga Norte. Dois homens armados abordaram o militar e pediram o carro dele, um GM Vectra preto. O PM teria reagido e foi ferido na testa e nos dois braços. Os bandidos fugiram em um veículo dirigido por um terceiro comparsa, sem levar nada do policial. Luiz Cláudio era lotado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Morreu depois de sete dias internado no Hospital de Base. 

Isaias de Sousa Santos, 23 anos — Atingido por tiros, por volta das 12h40, na QR 417, conjunto 1, Samambaia. Homens teriam ido à residência da vítima que saiu correndo e eles atrás dela. Os acusados fugiram de carro.

Matheus Vinícius Teles Maciel, 16 anos, Matheusinho —Jogador de basquete do Clube Vizinhança da Asa Sul, na categoria de base, Matheusinho foi morto a tiros na QR 316, de Samambaia, por volta das 15h. Um homem de 18 anos e um de 17 foram conduzidos à delegacia. A Federação de Basquete do Distrito Federal lamentou a morte do atleta: “Neste momento, resta a solidariedade aos familiares, aos amigos, aos técnicos, aos professores e, apesar do sentimento de dor e frustração, a certeza de que nosso esforço deve ser ainda maior para reduzir, por meio do basquete, o risco desse tipo de absurdo.”


24 de janeiro

Marcos Aurélio Almeida Santos, 42 anos; Tainá Alves dos Santos, 5 anos; Marcos Eduardo Alves dos Santos, 4 anos; Luciano Alves dos Santos, 3 anos; e João Pedro Alves, 2 anos — Embora tenham sido vítimas de uma colisão frontal, na BR-070, no Entorno do DF, a 17ª Delegacia de Polícia, em Águas Lindas (GO), considerou homicídio e suicídio a morte das crianças e do pai. Antes da separação, a família morava na Vila São José, em Vicente Pires. Quando foi buscar os filhos para um suposto passeio, Marcos deixou um bilhete para a ex-mulher, Samara Alves da Silva, 24 anos: “Hoje, 24 de janeiro, será o último dia que você verá seus filhos e seu marido”. 

25 de janeiro

Antônio José Araújo Feitosa, 40 anos — Bartolomeu da Silva Santos, 34 anos, e Paulo Sérgio de Medeiros, 37 anos, teriam assassinado a facadas a vítima dentro de casa, na Quadra 7, em Sobradinho, por volta das 23h40. Antônio e Bartolomeu moravam no mesmo lote. Na noite de sábado, o primeiro teria procurado o segundo para cobrar uma dívida. Sem sucesso, deu um tapa no rosto do devedor que esperou a madrugada para, junto com Paulo, invadir a casa do credor. Depois de agredir a vítima com uma pá e a facadas, a dupla se escondeu no telhado de uma residência próxima, mas foram presos com a ajuda de vizinhos que os denunciaram à polícia. 

27 de janeiro 
Daniel Oliveira dos Santos, 33 anos — O morador de rua foi espancado até a morte por dois homens na altura da Quadra 5 do Setor Comercial Sul, no Buraco do Rato, local frequentado por usuários de drogas. Por volta das 11h30, dois homens se aproximaram de Daniel. Começou uma discussão até que um deles pegou um pedaço de madeira e atingiu as costas do morador de rua com quatro golpes. O outro homem usou uma pá para também golpear Daniel. Ronaldo de Oliveira, 36 anos, e Jayme Marcos da Silva, 20, seguiam em direção ao Eixão Sul quando foram presos em flagrante. A tenente-coronel Sheyla Sampaio, comandante do policiamento da Asa Sul, considerou o crime um “provável acerto de contas, uma vez que todos os envolvidos já eram conhecidos da polícia por consumir drogas no local”. 

29 de janeiro

Daniel Falcão Lima, 28 anos — Dois bandidos roubaram um Honda Civic no Riacho Fundo II. Pouco depois, o carro parou em Samambaia graças ao sistema antifurto. Após descerem do veículo, os dois decidiram roubar um Fiat Palio, ocupado pelo PM goiano lotado em Santo Antônio do Descoberto. Houve troca de tiros, na qual o policial militar Daniel foi atingido na cabeça. Os assaltantes fugiram a pé para um matagal nos fundos do Parque Leão, em Samambaia.  Uma hora e meia depois de ser ferido, o PM morreu no Hospital Regional de Samambaia. Uma guarnição da PMDF apreendeu os adolescentes P.E.M, 17, e D.J.C, 17. Um terceiro suspeito, Antonio Marcos Alves de Sousa, 30 anos, ferido a tiros, foi internado no Hospital Regional de Ceilândia.

COMENTÁRIO
Se tivéssemos em operação legalidade jogariam a culpa de todos esses homicídios em nossas costas, mas, a PM e os Bombeiros estão trabalhando, e agora de quem é a culpa?
Vejo muitas autoridades falarem em soluções, mas, em nenhuma delas esta recuperar a alto estima do policial, pagando-lhes salários justos que justifiquem arriscarem a própria vida em detrimento da população da capital do país, não li em nenhum lugar a contratação imediata para cobrir os mais de cinco mil claros que existem no quadro da PMDF, o que obriga nossos policiais trabalharem dobrados e correndo riscos de vida, por que trabalham a dois na viatura, não vejo as autoridades falarem em encaminhamento imediato de um plano de carreira e a substituição imediata de regulamento disciplinar por um código de ética, não vejo eles falarem em investir em armamentos modernos bem como viaturas blindadas e com tecnologia avançada em seu interior de modo que ao abordar um meliante imediatamente já tenhamos sua ficha na mão para sabermos a vida pregressa desse cidadão, não vejo nossas autoridades falarem que encaminharão imediatamente um projeto de lei para o congresso nacional modificando nosso codigo penal tornando mais severas nossas leis e acima de tudo o cumprimento a risca das penas imputadas aos bandidos do nosso país,  também como fazer isso se nossas autoridades são os primeiros a darem o mau exemplo roubando o dinheiro da nação e colocando em contas nos paraísos fiscais, como estão sendo publicados nos meios de comunicação, deixando aqueles que necessitam de segurança, educação e saúde largados a própria sorte, pois, a família deles com certeza tem planos de saúdes, seus filhos estudam em escolas de qualidade e suas residência devem estar cercadas de segurança, câmara e cercas elétricas. Talvez se iniciarem valorizando a mão de obra dos servidores e oferecendo-lhes uma carreira que lhes garantam uma aposentadoria tranquila, esse pode ser o primeiro passo para que os policiais, professores e médicos desse país voltem a ter amor pela profissão que abraçaram e que nossas autoridades estão conseguindo acabar com este amor.





Comentários